Considerada o "mal do século", a depressão demanda um atenção permanente e cuidados, principalmente em um cenário de pandemia

   A Organização Mundial de Saúde (OMS) projetava que a depressão se tornaria uma doença incapacitante em 2020. A previsão de 2018 não se confirmou, mas a depressão é uma preocupação em todos os países afetados pela pandemia de Covid-19, que foram obrigados a adotar medidas restritivas e de isolamento.

   O cenário é mais do que preocupante. E merece a nossa atenção uma vez que no Brasil esse transtorno a doença atingia quase 6% da população − o maior percentual de toda a América Latina. Imagine até onde esse índice pode chegar até 2021.

   Tristeza profunda, perda de interesse nas atividades do dia a dia e falta de ânimo, até oscilações de peso, lapsos de memória e queda da imunidade são alguns dos sintomas da depressão, que não vem sendo olhada com a devida seriedade. Se não for tratada, ela pode impactar o convívio social e, em casos mais graves, levar a consequências extremas.

   Atenção aos sinais

   O sinal mais comum é sentir-se deprimido na maior parte do tempo, sem interesse em fazer as atividades do dia a dia (mesmo aquelas que antes davam prazer). Angústia e ansiedade, apatia e falta de motivação, bem como a insônia são outros sinais que devem ser observados com mais atenção.

   Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os fatores psicológicos e físicos muitas vezes são consequência da depressão − e não os causadores da doença. Dentre alguns fatores de risco estão o luto pela morte ou perda de uma pessoa amada, momentos negativos da vida e histórico familiar de depressão.

   Buscando ajuda

   Só quem pode definir se o que a pessoa tem é depressão é um médico psiquiatra ou um psicólogo. Após o diagnóstico, o profissional de sua confiança indicará a terapia adequada. Com os cuidados corretos, é possível minimizar os efeitos de um quadro depressivo, evitando o acirramento da doença.

   O acolhimento, a conversa, o carinho e a compreensão do que a pessoa está sentindo, sem julgamentos ou críticas é a melhor forma de apoiar quem está em estado depressivo.